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Depoimentos 

Sera que seremos vitimas pra sempre?
Refleti muito antes de escrever esse topico, porque acho delicado o assunto, mas necessario. Eu observo que muitas pessoas aqui passaram pelo que passei e isso ainda as machuca consideravelmente, como durante anos me machucou. Porem, uma frase de Sartre serviu como vertice para uma nova direcao: Nao importa o que o mundo faz com voce, o que importa eh o que voce faz com que o mundo faz a voce! E essa a pergunta que levanto aqui: Se um dia sairemos da postura da tristeza e do desabafo e passarmos a assumir a historia do Bullying em nossas vidas, mas nos recusarmos a carregar o rotulo. Sim, hoje eu tenho 30 anos e sofri bullying, mas me recuso a carregar esse rotulo. Eu sou eu, isso fez parte da minha historia, mas eu nao terminei nela. As coisas que realizo em minha vida sao tao maiores, que eu sei que a galerinha que fez isso comigo nao chegaram tao longe n vida como eu cheguei.
Essa eh uma mensagem de esperanca. Desejo que todos como eu, arrisquem a serem mais e nao deixar que esse acontecimento os rotule e direcione a vida de voces. Desejo que voces sejam maiores. Mas pra isso eh necessario um primeiro triunfo, que eh o triunfo sobre si mesmo. Levantem a cabeca e nao sintam vergonha de voces. Nao se isolem dos outros, nao se deixem intimidar. Pensem em pessoas que sofreram coisas piores na vida e seguiram em frente. Eu sei que Bullying traz serios problemas psicologicos, mas infelizmente ainda somos nos quem resolvemos se vamos continuar vivendo essa historia e deixando que ela nos influencie ou se vamos nos permitir construir uma outra.
Bjos a todos e espero que compreendam o que quero dizer. Nao importa o que a galerinha pop pensa de voce. O que eles vao ser daqui ha 20 anos? A maioria ninguem como ninguem, nesse mundo de ninguem.

Vi esse depoimento na comunidade do orkut "Bullying:as marcas ficam".Achei interessante postar aqui,para que muitas pessoas que foram vítimas como eu,dêem a volta por cima.

Fazendo meu TCC,consegui perdoar meus agressores,porque consegui me colocar no lugar deles.Parece que foi tirada uma tonelada das minhas costas,porque durante dez anos eu fiquei guardando raiva e isso fazia muito mal pra mim.O bullying deixa marcas tão profundas,que o mais pesado eu sofri entre 1996 e 1998,mas só agora estou conseguindo me libertar.
Juliana Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 14/06/2007
 Outro depoimento

Quando Tiago Alves, 16, entrava na sala de aula de sua escola, já começava a zoação. Na época, tinha apenas 12 anos e não sentia mais vontade de se empenhar nos estudos. Os meninos de sua classe davam a ele apelidos taxativos como 'chabiaguinho' e 'bichaninho', que o faziam chorar quase todos os dias. Durante o intervalo, mexiam em sua mochila, pegavam seu estojo e passavam a jogar de um lado para o outro. 

Tiago não tinha a quem recorrer, já que diretores e professores fingiam não ver o que acontecia. "Uma vez pegaram uma régua na minha mala. Eram 6 meninos, eles me viraram de costas, riam muito, eles tentavam a todo custo colocar a régua na minha bunda", conta. Histórias como a de Tiago fazem parte do cotidiano escolar de gays. Ainda que negada pelos educadores, a prática existe e recebe o nome de bullying homo fóbico.

O termo bullying é utilizado para caracterizar todas as formas de atitudes agressivas, repetidas e sem motivo aparente. O ato é um problema mundial praticado por um ou mais estudantes, e causa dor e sofrimento. Para o coordenador do CORSA (Cidadania, orgulho, respeito, solidariedade e amor), Lula Ramirez, o problema na escola acontece com quem não se comporta nos padrões heterossexuais. "Homem tem que ser macho e mulher sensível, se o menino tem trejeitos vai ser acusado mesmo que não seja gay", afirma.

Quando o preconceito é por parte dos professores a situação fica mais complicada. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (UNESCO) de 2004 revelou que 60% dos professores brasileiros consideram inadmissível uma relação homossexual e 40% dos alunos não gostariam de ter colegas homossexuais em sala de aula. O estudante Heyder Alcantra, 17,  se assumiu aos 15 anos. Aluno da Escola Estadual Central de Belo Horizonte, ouvia de seus professores dizeres preconceituosos. "Eu tinha um professor que chegava à sala e dizia que todos os gays tinham que morrer, eu sentia medo", conta.

Enquanto alguns praticam o bullying, outros, tanto alunos quanto professores, se comportam como se nada acontecesse. "Eu tinha colegas na escola, mas quando os meninos começavam a me zuar, eles mudavam e também faziam o mesmo, talvez por medo de passar pela mesma situação, não sei", desabafa Tiago.

De acordo com Edith Modesto, pesquisadora, escritora, mãe de homossexual e fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais (GPH), os professores não estão preparados para lidar com a diversidade sexual. "A maioria nem sabe o que é isso. Tenho ido à escolas fazer capacitação de professores, mas, até hoje, só consegui fazer em duas escolas particulares", diz.

O que fazer então para impedir a prática? "Em primeiro lugar, preparar quem educa: pais e professores. A partir de uma queixa, o professor poderia trabalhar com a classe, poderia criar trabalhos interessantes com pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, apresentação dos trabalhos em classe e diminuir assim a incidência da prática", explica Edith.

Tiago sofreu bullying na escola por quatro anos seguidos. Poderia ter crescido com sentimentos negativos, com baixa auto-estima e ter assumido um comportamento agressivo. Mas, assim como Heyder, encontrou apoio em grupos de juventude LGBT como o Projeto Purpurina idealizado por Edith Modesto e o E - jovem de Deco Ribeiro.

 

 

Depoimento sobre bullying

Daniele Vuoto: 22 anos, gaúcha, cursando o terceiro semestre do curso de Pedagogia, na ULBRA (Canoas-RS) e mora em Porto Alegre. Foi vítima de bullying por vários anos, em várias escolas. Sofreu muito, mas deu a volta por cima. Hoje é expert no assunto e, por sensibilidade e grandeza de espírito, ajuda muita gente que sofre o que um dia ela sofreu. Criou o blog nomorebullying e é um exemplo de força e superação. Por essas e outras, é também nossa convidada especial desta edição. Leia o depoimento que ela nos enviou.

Meu nome é Daniele Vuoto, uma gaúcha que não teve muita sorte na escola, mas deu a volta por cima! Minha vida escolar começou razoavelmente bem, só não teve o final feliz que eu esperava. Desde a pré-escola, quando via alguma coleguinha sendo motivo de risada, eu ia lá e defendia. Não achava certo!

 

Desenho: Daniele Vuoto

Com o tempo, isso virou contra mim: por virar amiga das vítimas, passei a ser uma. As desculpas utilizadas na época eram coisas banais:eu ser muito branca, muito loira, as notas altas, e mais tarde minha tendinite virou motivo de piada também. No começo, as agressões vinham mais de outras turmas, e não muito da que eu estudava. O clima passou a ficar pesado demais, e com 14 anos resolvi mudar de escola.

Achava que a mudança seria um recomeço, e não sofreria mais. Isso foi um grande engano. Aquela escola foi um pesadelo: lá, eu era vista como assombração, as pessoas me tratavam como se fosse uma aberração. Berravam quando me viam, empurravam, davam muita risada, roubavam coisas, e o pior: alguns professores apoiavam as atitudes dos meus colegas.

Troquei de escola no meio daquele ano. E dei sorte! Fui para uma escola pequena, simples, mas muito boa! Mesmo ficando sempre quieta, lá ninguém mexia comigo - pelo contrário, queriam que eu participasse! Infelizmente aquela escola era só de ensino fundamental.

No ano seguinte, fui para outra escola: a última escola que estudei.

Lá, fiz como sempre: via quem estava sozinho, e fazia amizade. Mais do que nunca, eu era tida como a diferente. Tinha 15 anos, não usava roupas de marca, não ia festas, passei a ser muito tímida, tirava notas altas. Para eles, aquilo não era considerado normal. Mas consegui fazer duas amigas, e no ano seguinte fiz amizade com mais duas meninas.

Logo, uma delas começou a dizer o quanto as outras falavam mal de mim.

Aquilo foi me incomodando muito, pois já era humilhada todos os dias lá dentro. Não agüentei e abri o jogo: falei que sabia que falavam mal de mim, mas não disse quem havia me contado. Assim, me acharam mentirosa, e se afastaram. Quem se afastou também, para o meu espanto, foi justamente a garota que me contou essa história toda. Ai caiu a ficha: ela queria me tirar do grupo, afinal, comigo elas poderiam ser zoadas também.

Com isso me deprimi mais ainda. Ia caminhando até a escola, e parei de olhar ao atravessar a rua. Para mim, morrer seria lucro. Estava novamente sozinha numa escola enorme, tentando me refugiar na biblioteca, e até lá sendo perseguida.

Passei a comer menos, a me cortar e ver tudo como uma possível arma para acabar meu sofrimento. Nas férias de inverno, me fechei mais ainda, não poderia voltar para escola nenhuma. Via meus pais feito loucos me procurando uma escola nova, e piorava mais ainda por isso. Foi ai que pedi para ir numa psicóloga, e ela contou aos meus pais que, naquele estado, eu não teria condições de enfrentar uma nova escola.

Comecei um tratamento com ela, e em seguida, com um psiquiatra. No ano seguinte, conheci o Rafael, e com um pouco mais de dois meses de namoro, numa recaída da depressão, a psicóloga resolveu achar que eu era esquizofrênica, o psiquiatra, concordou, e com isso, fui internada, levando tratamento de louca. A família não sabia o que se passava, e eu também não tinha como contar. Era uma prisão. Nos dois primeiros dias, não ganhei comida, porque a nutricionista tinha que falar comigo primeiro. Tomava copos com em torno de 10 comprimidos 4 vezes ao dia. Quase mataram um interno de lá na minha frente. Só não o fizeram, porque impedi. Sai após 11 dias de internação... depois de incomodar muito para conseguir isso.

O Rafa, graças a Deus, nunca deixou de acreditar em mim. Falando com ele, vi que se eu tentei me matar, muita vítima também tentava, e muitas vezes, conseguia. Vendo também o que fizeram com o outro interno do hospital, decidi que se pudesse evitar um suicídio que fosse, daria tudo de mim pra isso. Comecei a pesquisar sobre bullying - quando fui vítima, não sabia que tinha nome. Só achava informações em sites internacionais, e ia traduzindo.

Ai resolvi criar um blog: No More Bullying ( https://nomorebullying.blig.ig.com.br ). Foi a forma que encontrei para ajudar e alertar pais e professores. Participei de matérias que divulgaram o endereço. Pude conversar com muitas vítimas. É triste ver tantos casos acontecendo, mas ao menos posso ajudar vítimas a mudar o modo de pensar, a serem mais felizes.

Na época em que fui vítima, a cada humilhação pensava “devo ser estranha mesmo”. Hoje percebo o erro que é pensar assim. É o que tento ensinar para as vítimas: que nunca acreditem no que dizem de ruim, pois o agressor é muito inseguro, quer chamar atenção. Sentem tanto medo quanto nós, só escondem melhor. Não é sua culpa, e por mais duro que seja, avise seus pais. Se não conseguir, peça para alguém... Não é vergonha ser vítima, e pedir ajuda é o diferencial entre acabar com a vida mais cedo ou garantir um longo e belo futuro. Psicólogos ajudam muito, e se com o primeiro profissional não der certo, vá tentando até encontrar alguém que realmente anseie por seu progresso!

Na escola, é importante observar, nos intervalos, se tem mais alunos sozinhos, excluídos. Provavelmente são vítimas também. Anote dia, data, hora da agressão, e se nada for feito - mesmo depois da escola ser avisada - fazer a lei ser obedecida, encaminhando o caso ao conselho tutelar.

Enquanto isso, você pode ir treinando sua confiança novamente! Pensando diferente, como “olha o que ele tem que fazer para se sentir o poderoso, tem que pisar em mim, só sendo muito inseguro pra fazer isso. Eu sei o que tenho de bom, e não é por insegurança dele que vou deixar de acreditar nisso”.

Hoje tenho 22 anos, e o Rafa virou meu noivo. Terminei o ensino médio, e estou cursando Pedagogia na faculdade! Não tomo mais remédios, nem faço tratamentos. A maior lição que tirei do que aconteceu é que n ão podemos acreditar em tudo que dizem de nós, e sim acreditar que as coisas podem mudar, e lutar pra isso! Afinal, enquanto estamos vivos, ainda temos chance de mudar a nossa história.

Abuso sexual e bullying

Publicado por: objetivopenha em: Março 4, 2009

O Estado de S.Paulo

ONG denuncia abuso sexual no ambiente escolar
Clarissa Thomé

Todos os dias, um milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas, em todo o mundo. O levantamento, feito pela organização não-governamental Plan com base em estudos em 66 países, entre os quais o Brasil, motivou a entidade a lançar a campanha Aprender Sem Medo. A intenção é erradicar das escolas violência sexual castigos físicos e bullying – agressões entre alunos. No País, a ONG vai trabalhar em escolas do Maranhão e Pernambuco.

No Brasil, a ênfase da campanha será a violência entre alunos, conhecida como bullying. “Queremos criar uma cultura de paz, para que as crianças possam discutir o tema de forma lúdica.” Durante a campanha, que depende de parcerias entre a instituição e as secretarias de Educação, a Plan fará um levantamento sobre a violência nas escolas brasileiras.

Sociedade mais humana

Publicado por: objetivopenha em: Agosto 22, 2008

Ainda de maneira incipiente, mas cada vez mais, o bullying tem chamado a atenção de todos aqueles que trabalham com educação. Vivemos em uma cultura capitalista que é intolerante às diferenças e muitos pais reproduzem para seus filhos, nas mais diversas situações, seus conceitos sobre padrão de normalidade, etnias, orientação sexual, papel da mulher e do homem na sociedade, etc. Meninos aprendem desde cedo que devem ser fortes, valentes e “não levar desaforo para casa”. Nem todos conseguem e sabem que, se chegarem em casa e simplesmente chorarem por uma ofensa ocorrida da escola, sofrerão duplamente, pois serão duramente repreendidos pelos pais.

Nossa cultura incentiva as competições: os pais querem ver seus filhos no alto do pódio e quase não há lugar para simples diversão; as escolas promovem campeonatos esportivos; escolas de balé expõem crianças em programas de televisão… Em casa, expressões de amor são substituídas por presentes materiais: “Se passar de ano, ganha um videogame!”. O que conta é a competição, a avaliação e, finalmente, o prêmio ou a punição. Pode-se argumentar que vivemos nessa sociedade e que precisamos preparar as crianças para esse mundo extremamente competitivo. Por certo, mas o que se verifica hoje é um exagero nessas práticas que tem levado cada vez mais crianças a serem diagnosticadas com estresse, déficit de atenção ou hiperatividade. Caberá aos professores pôr um pouco de “ordem na casa”, mas não será uma tarefa fácil. Nas situações em que ocorre o bullying, todos são afetados. Os praticantes considerarão a violência como um instrumento poderoso para conseguir seus objetivos. As vítimas se tornarão introspectivas, tímidas, sem coragem para enfrentar os desafios da vida, afastando-se do convívio com o grupo ou simplesmente partindo para a agressão aos colegas. Os espectadores aprenderão que é melhor não tomar partido, por medo de “sobrar” para eles. Todos terão aprendido uma péssima lição sobre cidadania. Saberão que o melhor é concentrar-se em si mesmo, que os fins justificam os meios, que compartilhar não é atraente. Desenvolverão pouco interesse na ausência de recompensas (“vale nota?”), o “eu” só se firmará pelo status, pelos ganhos materiais e os outros serão vistos como competidores. Nada de solidariedade, os outros serão oponentes. É fundamental que as escolas tenham projetos de combate ao bullying, que envolvam a comunidade escolar e todos aqueles que, de alguma maneira, podem ter um olhar diferenciado sobre a realidade. Não se trata de estabelecer um código de vigilância exacerbado.Trata-se de contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, em que todos tenham o direito de ser diferente.

 

Texto do Geógrafo e Doutor em Ciências da Religião, é coordenador de curso e professor da UNICAPITAL.

 Noemi Alcaraz

 

 

Bullying na Internet leva adolescente ao suicídio

Rio de Janeiro 18 janeiro 2008

Acreditando nas falsas ofensas que lhe eram feitas continuamente através do site de comunicação My Space, a adolescente americana Megan Meier, de 13 anos, matou-se.

 Segundo sua mãe, ela adorava cães, rap e garotos,  nadar, pescar, velejar, mas sua vida não tinha sido fácil. Megan tinha dificuldade de fazer amigos e era muito sensível. Certa vez, falou para a sua mãe que ela se odiava e que havia pensado em suicídio. Seu médico receitou medicamentos para depressão e déficit de atenção.

Após meses de muita insistência, a mãe de Megan concordou em pagar uma conta do site de comunicação social MySpace (70 milhões de usuários). Só sua mãe tinha a senha, uma vez que Megan ainda não tinha completado 14 anos, idade mínima exigida pelo site para adesão.

Ocorre que Megan começou a receber mensagens de um personagem fictício criado por sua vizinha e a filha. Aparentemente, esse personagem queria ter um romance com Megan, mas logo ela começou a receber mensagens que a perseguiam continuamente, chamando-a de gorda, prostituta, mentirosa e coisas piores. Megan tentou reagir. Tentou se defender. Mas um dia falou para sua mãe ao telefone: "-Mamãe, eles estão sendo horríveis comigo." Depois de uma hora, Megan foi para o seu quarto e enforcou-se com um cinto. Sua mãe disse depois: "-De repente ela sentiu que não havia saída."

A vizinha Lori Drew confessou que ela e sua filha haviam criado um personagem fictício no My Space, que fingia ter interesse romântico em Megam, que acreditou. E foi aí que começou e terminou o seu inferno.

O New York Times de 16/12/2007 relata este caso e outros, alertando para o perigo do cyber bullying. Adolescentes com baixa auto-estima, muito sensíveis e infantis são as principais vítimas das mentiras colocadas nos telefones celulares, ou nos computadores. Alguns adolescentes podem acreditar que tudo que dizem é verdade e a tentação de acessar é enorme. Como disse Jake Dobson, de 12 anos: "Uma vez no My armadilha." Controlar a web é quase impossível e adolescentes mais suscetíveis podem chegar ao suicídio, como Megan Space, você caiu em uma.

 O site My Space Brasil fornece, em suas páginas de Ajuda a seguinte informação:

Alguém no MySpace está me perturbando/assediando/ameaçando - o que posso fazer a respeito disso?

O melhor a fazer se e quando você se encontrar nessa situação é simples ignorá-los... 99,9% do tempo eles o deixarão em paz. Lembre-se, você sempre pode remover a pessoa da sua Lista de Amigos (em seguida, eles não poderão mais adicionar Comentários à sua página de Perfil), excluir os Comentários que deixaram em sua página de Perfil, e você pode inclusive excluir as mensagens que eles lhe enviam através do sistema de Correio do MySpace sem abri-las. Se você NÃO responder ao usuário ofensor (ou seja, NÃO lhe der atenção, NÃO deixá-lo lhe pregar uma peça), a maioria deles simplesmente irá embora.
Você também pode visualizar o perfil dele e clicar em "Bloquear Usuário", o que evitará que ele entre em contato com você. Pessoas inconvenientes ficam entediadas muito rapidamente quando você não permite que eles lhe perturbem. Se alguém ameaçá-lo, entre em contato imediatamente com um representante da lei.
Se você se sentir ameaçado, leia também as nossas
dicas de segurança.
Caso eles tenham criado um perfil maldoso sobre você ou alguém que você conhece, entre em contato com o Serviço ao Cliente (e certifique-se de incluir o link para o perfil!).

22/04/07 - 07h26 - Atualizado em 22/04/07 - 12h19

Bullying pode ser umas das explicações para a tragédia nos EUA

Conhecida como agressão moral, prática é comum e pode levar à depressão.
Brasil tem pelo menos dois casos em que estudantes atiraram em colegas.

Fernanda Bassette* Do G1, em São Paulo

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  • Cho Seung-Hiu, 23, autor do massacre que resultou na morte de 32 pessoas na Universidade de Tecnologia da Virgínia, nos Estados Unidos, foi vítima de bullying escolar. Segundo seus colegas disseram à rede NBC (leia aqui, em inglês), ele era ridicularizado durante ensino médio por causa do excesso de timidez e "jeito esquisito de falar". Para os especialistas ouvidos pelo  G1, a agressão moral sofrida por Seung-Hiu pode ser uma das explicações para o ataque. O estudante, que também apresentava transtornos psicológicos, se suicidou após o tiroteio. Conheça as vítimas do ataque.

     
 Cho Seung-Hiu matou 32 pessoas (Foto: Reuters)

A pedagoga Cleodelice Aparecida Zonato Fante, vice-presidente do Centro Multiprofissional de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes) brasileiro, explica que o bullying é um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos que são adotados por um ou mais alunos contra outros colegas, sem motivação evidente.  "A agressão moral, verbal e até corporal sofrida pelos alunos provoca dor, angústia e sofrimento na vítima da 'brincadeira', que pode entrar em depressão."

 Estudos feitos pela pedagoga, entre 2000 e 2003, com dois mil estudantes de 5ª a 8ª séries do Brasil, mostram que 49% dos alunos estavam envolvidos com o bullying: 22% eram vítimas, 15% eram agressores e 12% eram vítimas agressoras. 

 "Essa é uma dinâmica escolar cada vez maior, que está virando uma epidemia porque o aluno que é vítima se transforma em agressor e reproduz a violência sofrida", explica Cleodelice.  As vítimas geralmente são pessoas tímidas, com características físicas marcantes (usam óculos, são obesas, muito magras, ou têm orelha grande) e não costumam reagir às agressões sofridas. Caladas, preferem guardar a mágoa de maneira silenciosa. Já os agressores -a maioria do sexo masculino- gostam de mostrar poder e encontram nos mais tímidos o "alvo fácil" para chacotas.  

José Augusto Pedra, psicólogo e presidente da Cemeobes, disse que a prática do bullying é mais comum do que as pessoas pensam. "Há casos como este que aconteceu na Vírginia. Mas há outros transtornos psicológicos que atingem as vítimas de bullying, que ficam deprimidas, com desejo de vingança. O que poucas pessoas sabem é que muitas vítimas de bullying acabam se suicidando em vez de atacar outras pessoas", afirmou. Saiba como identificar e evitar o bullying aqui.