A peça “Bang, Bang You’re Dead”, de William Mastrosimone, foi imortilizada em um filme homônimo em 2002. Ela pretende denunciar e combater a violência física e psicológica nas escolas. Já tratei do filme em
Foi encenada pela primeira vez onze dias antes do massacre em Columbine, em Littleton, Colorado, onde quinze pessoas morreram. Este massacre foi tema de filme ganhador de Oscar de melhor documentário para Michael Moore. São citadas no filme três cidades: Paducah, Jonesboro e Springfield. Estas cidades hospedam escolas que também foram vítimas de massacres em escolas. Paducah teve três vítimas fatais em 1997; Jonesboro teve cinco no ano seguinte, mesmo ano no qual quatro tombaram em Springfield. A Wikipedia mantém um artigo sobre os massacres em escolas.
O filme Bully (2001), tal como kids (1995), do mesmo diretor Larry Clark, espanta pela fidelidade com que é retratado o ambiente e o comportamento dos jovens adolescentes de hoje. Sem entrar em detalhes com relação ao filme (Sinopse Aqui), ou mesmo sem considerar o ponto principal do filme que é o comportamento "bullying", vale a pena abordar alguns aspectos "periféricos" do filme com relação aos comportamentos de pais e adolescentes americanos, cujo padrão familiar se assemelha em muito ao brasileiro. O primeiro ponto a se considerar é a absoluta cisão afetiva entre pais e filhos. O filme mostra pais completamente desconectados com o mundo dos filhos, algo que ao meu ver, normalmente nunca tarda a surgir em uma família de classe média hodierna, começando, por exemplo, com uma conveniente "terceirização da educação", que consiste em encarregar babás da formação e educação moral dos filhos, como se isso fosse possível sem uma relação afetiva madura e profundamente estabelecida. È adotado por várias razões, sendo a principal delas, a entrada da mulher no mercado de trabalho.
O segundo ponto que gostaria de destacar é o nível de alienação da maior parte dos adolescentes em relação à sociedade, com absoluta indiferença em relação aos valores e problemas nela existente. O resultado disso é a falta de comprometimento dos garotos com o mundo ao redor, este mesmo mundo que os alimentam com vestuário fino, lar, carros de luxo e demais confortos, e não obstante, tais jovens acabam por fundar um verdadeiro submundo com valores e regras próprias de prazer, dominação e punição.
O terceiro e último ponto que vale a pena ressaltar é o quão determinados e calculistas se mostram ao planejar um assassinato, porém logo após lograrem êxito, quão repentino é o comportamento de culpa, tal como se despertassem de uma "hipnose" (o famoso "caiu a ficha"), com uma inversão repentina de postura, agindo com desmedida "infantilidade". Este é um ponto genialmente abordado pelo filme, que reproduz o reconhecimento tácito dos adolescentes em relação às suas condições de inexperiência, inconsequência e carência afetiva, através do descontrole emocional, muito choro, desespero e um caloroso abraço no irmão dado por Marty (vítima de bullying).
Há diversos outros pontos a serem abordados no filme, porém, estes foram os que mais me chamaram a atenção, por guardarem grandes semelhanças com o padrão de jovens de várias partes do mundo que também deitaram um dia no berço farto de amoralidade, desregramento e apatia.
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